Encontrar brasileiros no exterior tornou-se comum. Muitos sonham em ganhar a vida fora do Brasil, outros acabam sendo transferidos para o trabalho, sem contar que aprender um novo idioma no exterior também é um grande motivador. Continue lendo e receba dicas sobre como morar no exterior.
Não há dúvidas de que viajar e morar fora do Brasil traz muitas vantagens pessoais e profissionais, mas não podemos presumir que tudo é bonito e ignorar que também existem algumas desvantagens. Esses são os prós e contras que vamos discutir hoje. Verifique!
Saia da sua zona de conforto
A ideia de morar em outro país e criar uma vida totalmente nova é emocionante. Morar no exterior é uma boa ideia para quem quer enfrentar diferentes desafios na vida e busca sair da zona de conforto.
Aprenda um novo idioma e experimente uma nova cultura
Uma das maneiras mais rápidas de ganhar fluência em um novo idioma é mergulhar no idioma e interagir com falantes nativos. Morar no exterior, além de proporcionar o conhecimento de uma nova cultura, tem o benefício adicional de lhe proporcionar uma exposição presencial a um novo idioma e ajudá-lo a se tornar fluente.
Conheça novas pessoas
Em nosso mundo confortável, temos nossos amigos, vizinhos, colegas de trabalho e, muitas vezes, porque nos sentimos confortáveis dessa maneira, ficamos um pouco fechados quando se trata de conhecer novas pessoas.
No entanto, em um novo país, sem o apoio de nossos amigos e familiares, nos encontramos mais dispostos a fazer novos amigos para a empresa. Desses encontros – como acontece na vida – até o romance pode surgir. Neste artigo, discutiremos mais sobre como se casar no exterior. continue lendo!
Brasileiros no Exterior: Desvantagens de Morar no Exterior
A dificuldade de morar fora do Brasil muitas vezes é sentida mais no início de uma mudança, até que a pessoa se acostume com a nova casa. O desejo pela família e amigos é mais acentuado, principalmente quando a pessoa não é fluente na língua de outro país. Mas isso é temporário!
Reconstruir a vida
Sair da zona de conforto é um desafio. No Brasil, você tem sua família, seus amigos, sabe para onde quer ir, conhece todas as ruas da cidade – por exemplo, não precisa de GPS para ir ao mercado. Morar fora do Brasil exige que você reaprenda tudo isso e reconstrua seus relacionamentos.
As rotinas são diferentes, e talvez a maneira como as pessoas se conectam seja diferente. Em alguns países, os brasileiros podem estranhar seu modo de vida, principalmente as diferenças culturais, que os tornam reclusos ou menos “ativos” em relação aos brasileiros.
Embora isso seja emocionante para muitos, não é fácil para outros.
Dificuldades no idioma
Além de reconstruir a vida, há também a dificuldade de se comunicar em um novo idioma. Mesmo que você conheça o idioma, às vezes pode ser difícil falar diretamente com os habitantes locais e como obter ajuda?
Quando estamos tentando traduzir uma frase do português para outro idioma, isso pode não parecer a melhor maneira – parece que você provavelmente não quis dizer isso. Essa dificuldade ocorre mais no início da vida do brasileiro no exterior, mas vale ressaltar.
Casar com um nativo no exterior consegue a cidadania?
Muitos brasileiros no exterior já tiveram essas dúvidas. Casar na China ou casar no Brasil? Essa suspeita é ainda maior se o noivo (a) for estrangeiro, pois a pessoa pode querer se casar no país ao qual está acostumada e terminou sua vida com seus amigos e familiares.
Há também brasileiros que moram no Brasil, mas sonham em se casar em outro país. Nesse caso, quando falamos em casar no exterior, os lugares que os brasileiros mais escolhem são Itália, Cancún – no México, Punta Cana, Maldivas, Las Vegas, etc.
A maior vantagem de fazer um casamento no exterior é o cenário inusitado e as comemorações mais intimistas, já que esses casamentos costumam ter menos convidados. Além disso, alguns casais também utilizam este local para passar a próxima lua de mel.
No entanto, existem duas dificuldades com os casamentos brasileiros no exterior. A primeira é que para que um casamento realizado no exterior tenha validade no Brasil, deve ser registrado no consulado brasileiro e depois transcrito no cartório de registro civil da residência do casal ou do Distrito Federal.
Este registro deve ser feito em até 180 dias após o retorno de um ou ambos os cônjuges ao Brasil.
A segunda desvantagem é algo que as pessoas casadas relutam em considerar: a possibilidade de divórcio no futuro.
Divórcio
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve 383.286 divórcios no Brasil em 2019, e os casamentos foram geralmente de curta duração. Essa é uma realidade que não pode ser ignorada.
São muitas as razões para o alto número de divórcios no Brasil, que vão desde problemas financeiros e expectativas perdidas, até traição e crescentes desentendimentos entre os cônjuges ao longo do tempo.
Diante desses dados, é importante considerar a possibilidade de divórcio ao se casar no exterior. Quando uma pessoa se casa no exterior e se declara solteira no Brasil, comete o crime de falsidade ideológica, contido no art. Artigo 299 do Código Penal Brasileiro.
Para evitar que isso aconteça, é necessário se divorciar antes de concluir um novo casamento. Como veremos a seguir, esse tipo de divórcio pode ocorrer no exterior ou no Brasil.
Divórcio no Brasil
Divórcio no Brasil, após o casamento no exterior, o casamento deve ser primeiramente registrado no Brasil, conforme descrito acima. Dado que não há registro de casamento no Brasil, o divórcio não pode ser executado sem este registro.
Divórcio no exterior
No caso de divórcio judicial no exterior, a sentença estrangeira deve passar por processo de homologação brasileira para ter efeito no país de origem.
A única exceção a esta regra é quando a sentença estrangeira é um divórcio puramente voluntário, ou seja, um divórcio baseado apenas na dissolução do casamento, sem outras questões como partilha de bens, guarda dos filhos ou fornecimento de alimentos. Nesse caso, para produzir efeito no Brasil, basta que a decisão seja registrada no Registro Civil.
Para saber tudo sobre o reconhecimento de sentenças estrangeiras de divórcio, fizemos um artigo completo sobre o assunto.
Bigamia
Por fim, para encerrar a conversa, se um brasileiro casado no exterior entrar em novo casamento no Brasil antes do divórcio, ele também cometerá outro crime, a bigamia – art. Seção 235 do Código Penal.
O Brasil é monogâmico, portanto, quando celebra dois casamentos ao mesmo tempo, mesmo que um deles não ocorra mais, mas seja registrado, viola o ordenamento jurídico vigente no Brasil.
De acordo com o artigo 235.º do Código Penal, as consequências do acto são de prisão de 2 a 6 anos e de 1 a 3 anos de prisão ou detenção para o cônjuge (quando este tiver conhecimento).
Há algumas vantagens em se casar no exterior, mas há outras desvantagens – principalmente legais – da prática. Se você optar por realizar seu casamento dessa forma, é recomendável que você procure primeiro um advogado especializado no assunto e resolva todas as suas preocupações.